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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Diretoria ataca oposição em nota na TV

Eleições no sindicato dos jornalistas



Foto: Fabiana Veloso
















Land entrega finalmente ata e regimento






A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba fez veicular em emissoras de televisão da capital na última sexta-feira, 21, uma nota oficial noticiando a suspensão da eleição marcada para o último sábado, 22. A nota ataca de forma desesperada o movimento Novos Rumos de oposição à atual diretoria, comandada por Land Seixas.

Num dado momento a nota insinua que a categoria foi “(...) desrespeitada por um diminuto grupo oposicionista”. Queríamos dizer para o pessoal da situação que já não somos tão diminutos assim e que o tamanho da insatisfação da categoria será conhecido no dia da eleição, quando as duas chapas estiverem efetivamente em disputa.

Recorrer à Justiça não é nenhum desrespeito. Falta de respeito maior é o que o grupo comandado por Land vem fazendo para se manter no poder há tanto tempo (cerca de 18 anos !). Todos agora sabem que o tempo do “quase absoluto” já passou.

A nota acrescenta que Novos Rumos se valeu de “(...) artifícios para interromper o livre direito do voto”. Ora, no regime democrático, medidas cautelares e liminares não podem ser considerados “artifícios”. Ou o juiz julga procedente ou improcedente. Não há meio termo ou meias verdades aos olhos da Lei. A Justiça reconheceu os vícios no processo eleitoral e defendeu as garantias democráticas dessa disputa pública.

O intuito do pedido de liminar foi somente o de garantir igualdade de oportunidades para todos os filiados. A eleição está assegurada, mas em data que possibilite a participação do máximo de jornalistas e com DUAS chapas concorrentes. Se há algo de artificial nesse processo todo é apenas a vontade do grupo de situação em impor à categoria, mais uma vez, chapa única para a diretoria de nossa entidade.

A nota da diretoria mostrou mais uma das práticas escusas do presidente-vitalício: o uso indevido das prerrogativas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para atacar opositores, com a conivência dos empresários da mídia televisiva local, especialmente da afiliada da Rede Globo (onde a nota foi gravada, produzida e veiculada). Todos sabem que os espaços para as notas oficiais do sindicato (em jornais e TVs) é uma concessão dos empresários negociada no ACT. O que a categoria (e a sociedade) esperam é que essa concessão seja explorada de forma equilibrada, tão somente para informes de interesse da categoria e não para veiculação de discursos opinativos em detrimento de grupo A ou B.

Não se vê a atual diretoria explorar essa prerrogativa para criticar as condições de trabalho dos jornalistas, nem para cobrar a instalação dos conselhos de Comunicação, ou para defender os jornalistas agredidos por causa do exercício profissional.

Vem aí mais uma Junta Governativa

Para o início de 2008 teremos uma tarefa mais premente: escolher as pessoas que comporão a Junta Governativa para gerir o sindicato até que as eleições ocorram de fato. Novos Rumos propõe desde já que a Junta seja composta de cinco membros, escolhidos em assembléia, que deverá ser realizada antes do final do mandato da atual diretoria, dia 20 de janeiro de 2008.

A figura da Junta está prevista no nosso estatuto sindical. Noutras ocasiões a entidade já esteve um período sob a direção de junta governativa, Land lembra bem disso. O fato é que o mandato desse grupo expirou e, portanto, seus diretores já não possuem mais legitimidade de conduzir oficialmente o nosso sindicato.

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