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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O silenciamento dos inocentes



É de se estranhar a falta de interesse da imprensa paraibana com a pauta “sindicato dos jornalistas”. O tema simplesmente não apareceu em nenhum espaço dos treis “jornalões” do Estado, mesmo depois da notícia (dada por vários Portais!) de que a Justiça suspendera as eleições por força de uma liminar obtida por membros do movimento Novos Rumos.

Nem mesmo nas colunas, espaços consagrados da autonomia jornalística, se ouviu qualquer comentário sobre um fato tão importante para a categoria dos escribas profissionais. Uma pergunta então precisa ser feita: o que está por trás desse silenciamento orquestrado imposto nas redações tradicionais? Porque assuntos sobre a organização sindical da nossa classe não saem nos jornais?

Poderia vislumbrar que existe uma espécie de pacto interredacional com o entendimento de que notícia sobre jornalistas não é notícia. Ou que esse tipo de assunto não interessa ao conjunto da sociedade. Não concordamos com essa visão. Os jornalistas somos uma classe laboral como outra qualquer: estamos dentro do sistema de produção capitalista. Na base produtiva dele. Produzindo bens simbólicos.

Se as eleições para a diretoria do sindicato não for uma pauta atraente, a eleição da OAB também não seria. Ou a eleição do Conselho de Medicina. Porque as eleições das outras categorias são importantes e a nossa não...? Porque não podemos falar de nós mesmos? Qual o receio?

Mas o silenciamento orquestrado na mídia impressa não ficou restrito aos jornais paraibanos. A própria Fenaj ignora o fato de que na Paraíba as eleições do sindicato dos jornalistas foram adiadas por determinação judicial. No site da federação (www.fenaj.org.br) não há qualquer notícia sobre esse assunto. Estranho, não...

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