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sábado, 21 de junho de 2008

Tá na hora do debate!

NOVOS RUMOS defende que as chapas concorrentes exponham suas idéias para a categoria em eventos e na mídia




A rádio Sanhauá foi a primeira emissora a abrir seus microfones para o debate de idéias e de propostas entre as chapas que disputam a diretoria do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba. O confronto público entre os jornalistas que concorrem à presidência da entidade deveria ter ocorrido no último dia 07 de junho, a partir das 10 horas, nos estúdios da emissora, mas apenas Dalmo Oliveira, representante da chapa NOVOS RUMOS compareceu.
Segundo os organizadores do debate radiofônico a participação de ambos os candidatos foi confirmada um dia antes, mas o ex-presidente simplesmente não apareceu nem sequer justificou a falta.
Os sindicalistas da oposição iniciaram contatos com diretores dos centros acadêmicos dos estudantes de jornalismo na UEPB e na UFPB, propondo-lhes a realização de debates nos ambientes acadêmicos de Campina Grande e João Pessoa. “Em Campina ficou acertado que o CA vai promover o debate logo no início das aulas após o recesso de junho/julho. A idéia é que o Departamento do curso de Comunicação da estadual realize o evento em parceria com o CA”, adianta Katiúscia Formiga, da chapa NOVOS RUMOS.
Em João Pessoa o grupo da oposição já iniciou as primeiras articulações com os novos membros do CA “Vladmir Herzog” para a realização de um evento semelhante para o público da capital. “As eleições para o CA da UFPB ocorreram na semana passada e estamos apenas o pessoal tomar posse para definirmos os detalhes do debate”, diz Mabel Dias, que concorre na chapa liderada por Oliveira a uma vaga na Comissão Estadual de Jornalistas em Assessorias de Comunicação do sindicato.
“Imaginamos que uma categoria com as características da nossa não possa prescindir de uma oportunidade de ver os concorrentes ao sindicato num debate democrático frente-a-frente. O que queremos é que os jornalistas analisem, sem intermediários nem subterfúgios, as idéias, propostas, posicionamentos e performance das pessoas que desejam estar à frente da nossa entidade”, diz Dalmo.
O jornalista diz que a maioria dos eleitores já conhece a prática do grupo liderado pelo ex-presidente Land Seixas, mas têm poucas informações sobre o que defende o movimento NOVOS RUMOS. “O que está em jogo não é uma disputa personalista e personalizada, como querem fazer acreditar nossos opositores. Nossa idéia é se afastar ao máximo das picuinhas pessoais e mostrar para a categoria aquilo que defendemos, nosso projeto de gestão e recuperação do nosso sindicato”, acrescenta Oliveira.
Além dos eventos promovidos pelos CA's, NOVOS RUMOS está tentando sensibilizar outros produtores de programas jornalísticos, no rádio e na TV, para a importância do momento histórico que atravessa a categoria com a realização de eleições sindicais com duas chapas concorrentes depois de vários anos sem que ocorresse um disputa nesse nível.
“O adiamento das eleições, determinado pela Justiça, é apenas um dos ingrediente do tempero dessa disputa. Existem temas importantes a serem discutidos francamente pelas candidaturas, como reeleição, imunidade sindical, reforma estatutária, defesa do diploma, Conselho Federal de Jornalismo, saúde do trabalhador, política de salários, redução da jornada de trabalho, ética, estágio para estudantes, gestão sindical e tantos outros”, diz o pré-candidato da chapa NOVOS RUMOS.
Dalmo diz que ele e seus companheiros de chapa estão prontos para qualquer tipo de discussão ou debate sobre estes e outros temas, com Seixas ou qualquer outra pessoa interessada nessas questões. “A pauta da campanha eleitoral dos nossos adversários tem sido marcada pela disseminação de boatos e comentários pessoais e maldosos ao nosso respeito. Nós temos atuado basicamente em duas linhas: a divulgação de nossas propostas e de denúncias que não podem ser omitidas do conjunto da categoria. Estamos tentando, ao máximo que podemos, proporcionar uma campanha propositiva, proativa, ética e responsável. Não entraremos no jogo da mentira e da baixaria”, finaliza.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

TRT manda zerar o processo eleitoral no sindicato dos jornalistas

Junta governativa pode receber multa de até R$ 10 mil



O juiz da quinta Vara do Trabalho da Paraíba, Wolney de Macedo Cordeiro, determinou nesta sexta-feira, dia 30, a revogação de qualquer ato, medida ou deliberação relacionada com a regulação ou deflagração do processo eleitoral no Sindicato dos Jornalistas da Paraíba. A decisão do magistrado é fruto de ação promovida pela chapa de oposição NOVOS RUMOS. Essa é a terceira vez que a Justiça impede a votação por conta de irregularidades no processo de preparação das eleições na entidade.

Pela nova determinação judicial, a junta governativa deverá publicar, no prazo de dez dias, contados da publicação da sentença, em dois jornais de grande circulação, uma lista contendo o nome de todos os filiados ao sindicato e suas respectivas situações junto à tesouraria daquela entidade.

Foi determinada ainda a deflagração de novo processo eleitoral, após cinco dias da publicação da relação dos filiados adimplentes e inadimplentes. Macedo decidiu também que todo o cronograma e os locais para a realização da eleição sejam comunicados previamente à Justiça do Trabalho. A desobediência a qualquer uma das determinações da sentença pode acarretar, a cada um dos nove membros da junta governativa, uma multa de até R$ 10 mil.

“Quando obtivemos a primeira liminar já entendíamos que a comissão e o regimento eleitoral deveriam ser novamente discutidos e aprovados em nova assembléia, mas a Junta Governativa quis forçar as eleições de forma arrogante e inconseqüente. Agora teremos que começar tudo do zero novamente”, diz Fabiana Veloso, candidata ao cargo de secretária geral do sindicato e uma das autoras da ação.

“Ao contrário do que o grupo da situação tem divulgado, as ações jurídicas encaminhadas por NOVOS RUMOS não tem nenhuma intenção de tumultuar o processo eleitoral, nem de atrapalhar a dinâmica do nosso sindicato. Na verdade, nossa intenção é tornar, o mais transparente possível, a administração do sindicato dos jornalistas para que haja condições de igualdade na disputa pela diretoria da entidade.”, comenta Paula Brito, candidata a vice-presidente da oposição sindical.

Wolney Cordeiro considerou “procedente em parte”, a ação de prestação de contas, exibição de documentos cumulada com obrigação de fazer, movida por Dalmo Oliveira, Fabiana Veloso, Mabel Dias e Antônio Oliveira. O juiz entendeu que a prestação de contas requerida havia sido aprovada em assembléia da categoria.

“Lamentamos que o juiz não tenha atendido a ação na sua totalidade. A prestação de contas dos três anos da última gestão está preconizada no item 'C' do artigo 25º do Estatuto social do nosso sindicato e deveria ter sido apresentada por Land Seixas em dezembro passado”, diz Dalmo.

“De qualquer forma, agora no mês de junho a prestação de contas de 2007 deve ser apreciada em assembléia e nós da oposição estaremos atentos a todos os detalhes”, garante o sindicalista. “Queremos, inclusive, conferir os pagamentos dos honorários aos advogados que a Junta Governativa contratou especialmente para tentar defender os atuais dirigentes”, acrescenta Oliveira.