
por Mabel Dias
Em memória das mulheres que morreram em conseqüência de abortos inseguros, grupos feministas da Paraíba estarão realizando uma vigília na tarde de hoje (27), a partir das 16h, no Parque Sólon de Lucena. O ato faz parte do calendário do dia “28 de setembro – Dia pela descriminalização do aborto na América Latina e Caribe”, data histórica do movimento em que são promovidas diversas manifestações pelo Brasil.
Durante a vigília serão colocadas no local cruzes e sapatos, para lembrar cada uma das vitimas de abortos realizados sem assistência médica. Feministas paraibanas darão depoimentos, informando da importância de tal protesto e da situação da Paraíba em relação aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
Esta campanha no Brasil é uma promoção da Jornadas pelo Direito ao Aborto e tem como lema “Direito ao aborto: educação sexual para escolher; contracepção para prevenir e aborto legal para não morrer”. Seus objetivos são: promover o debate sobre o direito ao aborto; incidir política e socialmente para a mudança da lei que criminaliza o aborto e impedir retrocessos nas conquistas dos direitos sexuais e reprodutivos.
O aborto ainda é considerado crime no Brasil. Ele só é permitido quando a mãe corre risco de morte ou se a mulher é vitima de estupro, e ainda, em casos de anomalias fetais incompatíveis com a vida. O Ministério da Saúde aponta o aborto inseguro como um problema de saúde pública, que mata mulheres e precisa ser enfrentado pela sociedade e pelo Congresso Nacional.
As feministas brasileiras afirmam que as mulheres não podem ser presas nem morrer em conseqüência de abortos inseguros. “É uma questão de justiça social!”
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