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quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Feministas fazem protesto pela descriminalização do aborto na Paraíba



















por Mabel Dias

Em memória das mulheres que morreram em conseqüência de abortos inseguros, grupos feministas da Paraíba estarão realizando uma vigília na tarde de hoje (27), a partir das 16h, no Parque Sólon de Lucena. O ato faz parte do calendário do dia “28 de setembro – Dia pela descriminalização do aborto na América Latina e Caribe”, data histórica do movimento em que são promovidas diversas manifestações pelo Brasil.
Durante a vigília serão colocadas no local cruzes e sapatos, para lembrar cada uma das vitimas de abortos realizados sem assistência médica. Feministas paraibanas darão depoimentos, informando da importância de tal protesto e da situação da Paraíba em relação aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
Esta campanha no Brasil é uma promoção da Jornadas pelo Direito ao Aborto e tem como lema “Direito ao aborto: educação sexual para escolher; contracepção para prevenir e aborto legal para não morrer”. Seus objetivos são: promover o debate sobre o direito ao aborto; incidir política e socialmente para a mudança da lei que criminaliza o aborto e impedir retrocessos nas conquistas dos direitos sexuais e reprodutivos.
O aborto ainda é considerado crime no Brasil. Ele só é permitido quando a mãe corre risco de morte ou se a mulher é vitima de estupro, e ainda, em casos de anomalias fetais incompatíveis com a vida. O Ministério da Saúde aponta o aborto inseguro como um problema de saúde pública, que mata mulheres e precisa ser enfrentado pela sociedade e pelo Congresso Nacional.
As feministas brasileiras afirmam que as mulheres não podem ser presas nem morrer em conseqüência de abortos inseguros. “É uma questão de justiça social!”

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