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domingo, 23 de setembro de 2007

Quem tem medo de assembléia?...




















As duas notas
Quem tem medo de assembléia?...


Em menos de 15 dias o sindicato dos jornalistas fez publicar duas notas oficiais nos principais jornais paraibanos. É uma situação atípica para um sindicato que quase não "dialoga" com os filiados, tampouco com a sociedade. A entidade veio à tona para nos dois momentos justificar-se. Na primeira, em conjunto com a API, tentar explicar o surgimento de carteiras "falsas" em nome de Sílvio Romero Pedroza Alvarenga, que diz ter "adquirido" os documentos em fonte não revelada, claro!
Por si só esse episódio já seria dantesco, se não tivesse um desfecho ainda mais desastroso. Na nota oficial, o velho discurso politicamente incorreto num trecho que diz: "(...) impedir que fato dessa natureza não venha denegrir a imagem das entidades acima mencionadas (...)" .
Alvarenga diz possuir o registro profissional 1236. Vamos checar na DRT. O documento de identidade profissional do sr. Sílvio, expedido pela Fenaj, através do sindicato, tem validade até 22 de agosto de 2010.
Nesse caso, o procedimento deve ser abertura de investigação junto à PF, já que a carteira da Fenaj é um documento de reconhecimento nacional. Sem querer por qualquer cor em quem quer que seja, Novos Rumos espera apenas que a verdade prevaleça. Basta uma boa entrevista com o portador do documento para descobrir a origem da suposta fraude.

Esfarrapada

Na quinta-feira, dia 20, mais uma nota oficial assinada pelo presidente-coronel. Desta vez para anunciar solenemente que não aceita o pedido de abaixo-assinado que entregamos à diretoria no dia 13. Mais justificativas: 1) que dos 108 assinantes, só 24 (nas contas dele) estão O.K com a tesouraria; 2) que algumas assinaturas e nomes estavam ilegíveis; 3) que alguns assinantes sequer possuem registro profissional.
Como Jack, vamos por partes: 1) sem uma listagem dos adimplentes e devedores seria impossível checar se o jornalista que assinou o documento estava O.K ou não com suas obrigações contributivas; 2) a depender da caligrafia, o reconhecimento da assinatura, em alguns poucos casos ficou comprometida realmente; 3) tivemos o cuidado de pedir aos companheiros e companheiras que não fossem filiados para não assinar, mas pode ter havido uma meia dúzia nessa situação, tamanha é a vontade por mudanças da categoria. Se faz indispensável que o presidente impugnante divulgue um relatório minucioso explicando porque está impugnando o pedido de assembléia.
O presidente-coronel é um craque na burocracia sindical. Esse negócio de colher assinaturas é uma especialidade dele mesmo. Principalmente quando a reunião não dá quorum...! O que é de se estranhar é o aspecto político da negação de um líder sindical que se recusa a promover a reunião da categoria para discutir um problema tão sério como o da inadimplência.
Surpresa seria que ele aceitasse o desafio e fosse para assembléia prestar contas do movimento financeiro da entidade nos últimos meses, principalmente no período anterior e posterior à eleição da Fenaj. Espantar-nos-ía se fosse viabilizada a discussão democrática e racional sobre a questão dos devedores e as alternativas para sanar essa situação que só beneficia o grupo-da-gestão-quase-eterna!

"A assembléia é soberana!". É desse conceito que têm medo. É o embate das idéias com uma boa audiência que os afugenta. Porque temos realmente boas notícias para a maioria dos filiados. Temos denúncias a fazer em público. Queremos questionar fatos e comportamentos. E não adianta fugir, se esconder, fechar as portas porque as eleições virão sempre!

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