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terça-feira, 17 de novembro de 2020

ENCURRALADOS | Segundo turno reflete opção pelo fisiologismo político dos pessoenses

Vista aérea da praia do Cabo Branco com Altiplano ao fundo 
 fonte: hwww.passagenspromo.com.br/blog

















Para os que consideram a política partidária algo enganoso, autoritário e dispensável, o resultado das eleições em primeiro turno na capital paraibana demonstra que não estão de todo equivocados. Daqui há 15 dias, quem tiver coragem, vai ter que voltar às urnas para escolher uma das piores opções disponíveis no mercado eleitoral para governar João Pessoa nos próximos quatro anos.

sábado, 24 de outubro de 2020

Primeiro episódio do 18 em ponto já está no ar

Estamos de volta ao Youtube com vídeos inéditos. Análise de época, cultura, igualdade racial e temas políticos são os ingredientes da nossa nova série "18 em ponto", com episódios inéditos diários sempre às 6 p.m Confira!


 


sábado, 17 de outubro de 2020

Memórias póstumas a Beto Palhano

Roberto Rodrigues Palhano

 - Bicho, eu trouxe umas mangas pra vocês. O pé lá de casa tá carregado!


Beto Palhano anunciava, de vez em quando, já encostando a sua bike na lateral da garagem, quando chegava para as gravações que eu montei lá em casa, no bairro do ex-ditador Ernesto Geisel. Ele conhecia esse território como poucos. Era frequentador assíduo do mercado-feirinha, aonde quase todos o reconheciam. Encontrei com eles várias vezes levando o neto, Vito, para as aulas de Karatê num mestre que ensinava a arte oriental ali perto da Comunidade Doce Mãe de Deus.

Palhano, Mozart, Wellington e Dalmo
 na frente da Rádio Tabajara | Foto: Maurício Alves


quinta-feira, 15 de outubro de 2020

A arte de dar aulas

 


Uma vez eu tive uma experiência (quase traumática) como professor. Foi durante o mestrado que fiz na UFPE e tive que assumir uma cadeira da minha orientadora para marmanjos e marmanjas da graduação de jornalismo de lá. Cadeira de radiojornalismo. Uma temática que eu dominava razoavelmente e tinha experiência profissional. Acho que tinha quase 30 alunos matriculados porque essa disciplina é obrigatória no currículo do curso.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Maceió é um exemplo que deve ser seguido

 Aproveitei o feriadão de Nossa Senhora Aparecida (A Mãe Pretinha) e do Dia das Crianças para dar um rolé com Fabiana e as crianças no litoral sul da Grande Maceió. Desta vez o destino foi a Barra Nova, uma comunidade lagunar de Marechal Deodoro, banhada pela fanstástica Lagoa do Mundaú, na desembocadura para o Atlântico. 

Circundando as praias lagunares a leste, você encontra uma série de opções gastronômicas atraindo turistas e nativos acostumados com a brisa boa que sopra sobre a Mundaú. Nós resolvemos ancorar no Bar e Restaurante da Jana, que fica logo depois do calçadão na beira da lagoa.

Camarão ao coco (pra variar) e um rubacão bem servido aplacaram nossa fome de almoço com batata frita, pirão e arroz. O primeiro garçom que quis nos atender insistia em usar sua máscara, com os motivos do CRB, na altura do queixo. A gente ficou tapiando até ele se afastar e chamamos um colega seu que se mostrava mais adaptado em trabalhar com o dispositvo de proteção cobrindo devidamente narinas e boca.

Mas, Covid à parte, a orla da Barra Nova é uma gracinha. E não tava crowdiada como as praias mais badaladas da turística capital alagoana.

Maceió (na linha do horizonte) vista da orla de Barra Nova | Fotos: Dalmo Oliveira









Mundaú versus Sanhauá


No retorno prá casa, eu fiquei matutando: porque é que em João Pessoa o Rio Sanhauá, que contorna belamente boa parte do Centro Histórico da terceira cidade mais antiga do Brasil, tem sido securlamente tão mal utilizado para fins turísticos? Afora a Praia do Jacaré, já em Cabedelo, e algumas prainhas alternativas em Bayeux e Santa Rita, a extensa orla fluvial do Sanhauá não desperta o interesse do trade gastronômico-turístico paraibano. É estranho!

Na Europa, são poucas as cidades banhadas por rios que não exploram suas margens para os fins lúdicos, de passeios náuticos e da fruição da culinária que pode brotar dos chamados "frutos do mangue".

Não é atoa que Maceió e sua bela região metropolitana continuam liderando o ranking nordestino de um turismo que mescla um bom potencial ambiental com pontos de visitação e gastronomia, aonde os visitantes podem desfrutar dos pratos saborosos desenvolvidos durante séculos pelas comunidades de pescadores e marisqueiras. 

É um exemplo a ser seguido!




sexta-feira, 12 de junho de 2020

Paz e Guerra

Reprodução de painel de Cândido Portinari




(…) Sem ouvir mais, Rostov esporeou o seu cavalo e pôs-se à frente do esquadrão. Não teve tempo de dar qualquer voz de comando; todos os seus homens, impelidos pelo mesmo sentimento, se precipitaram atrás dele. Nem ele próprio sabia como e porque agira daquela maneira. Procedera como se estivesse numa caçada, sem pensar, nem reflectir. Ali muito perto via os dragões que galopavam. Tinha a convicção íntima de que não resistiriam. Sabia que, se perdesse a oportunidade, aquele minuto não voltaria. O assobio das balas excitava-o tanto, tamanha era a

impaciência do seu cavalo, que não pudera resistir. No momento em que esporeava a montada, soltando o grito de comando, sentiu atrás de si todo o esquadrão que se agitava, e despediu a trote largo, pela encosta abaixo, direito aos dragões (...)”


Trecho do romance “Guerra e Paz”, de Liev Tolstói (1828 - 1910)

O que pode se esconder atrás desse discurso que vemos agora no Brasil cogitando o início de uma “guerra civil” no país por conta das rusgas ideológicas alimentadas pelas hordas neoprotofascistas, que, de uma hora para outra, se evacuaram de seus armários fétidos e obscuros para aterrorizar a vida nacional?