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sexta-feira, 7 de março de 2008

Já fui mulher, eu sei!



Como na maioria das ocupações, o jornalismo foi se transformando gradativamente num espaço profissional onde a presença da mulher se tornou majoritária. Essa é uma realidade que se verifica também entre nós, jornalistas paraibanas. Neste 8 de março o movimento NOVOS RUMOS manifesta com orgulho a consolidação da mão-de-obra feminina no mercado de comunicação paraibano.

Em dois dos principais jornais do Estado são mulheres as responsáveis pela editoria-geral, o cargo máximo nas redações. Na frente das câmeras a presença feminina também é hegemônica. Competência e sensibilidade são as principais marcas das jornalistas que atuam num mercado caracterizado pela truculência, pelo machismo e pela falta de princípios éticos e humanos.

A presença da mulher na mídia paraibana é o que tem garantido o crescimento de uma imprensa cidadã. Seja nas redações ou nas assessorias, é o toque feminino que produz um noticiário mais humanizado, com um enfoque mais profundo, embalado numa discursividade mais complexa e rica.

Da repórter anônima à editora articulada, a jornalista paraibana tem feito a diferença na cobertura de uma realidade cada dia mais cruel e difícil. De Anaíde Beiriz a Margarida Maria Alves, a história paraibana tem sido marcada pela ação generosa, corajosa e transformadora de cidadãs que desbancaram os preconceitos e as adversidades numa sociedade em constante tranformação.

A dupla jornada de trabalho (redação/lar), os salários diferenciados, os assédios desrespeitosos, o patriarcalismo retrógrado. Nada disso inibiu o desenvolvimento do ser humano feminino em todas a esferas da sociedade contemporânea.

Nesse 8 de março NOVOS RUMOS propõe um viva bem alto a todas as mulheres negras, às mães solteiras, às militantes das causas civis, às profissionais do sexo, às empregadas domésticas, às margaridas e cobradoras, às senhoritas e senhoras da PM, às agentes de saúde, às parteiras, rezadeiras e mães-de-santo, às vereadoras e deputadas, às juizas e desembargadoras, às médicas e enfermeiras, às nossas mães, filhas, irmãs e companheiras.

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