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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Tese de professor da UEPB é indicada ao Prêmio Tese Capes


POR SANDRA RAQUEW



             O professor do Departamento de Comunicação Social da UEPB, Carlos Azevedo teve sua tese de doutorado indicada para concorrer ao Premio Tese Capes 2009, que será entregue em junho deste ano.
            Prêmio Capes de Tese e o Grande Prêmio Capes de Tese foram instituídos no ano de 2005, com o objetivo de outorgar distinção às melhores teses de doutorado defendidas e aprovadas nos cursos reconhecidos pelo MEC, considerando os quesitos originalidade e qualidade. O Prêmio Capes de Tese é outorgado para a melhor tese selecionada em cada uma das áreas do conhecimento que tem um coordenador de área nomeado pela CAPES. O Prêmio consistirá em certificado, medalha e bolsa de pós-doutorado nacional de um ano, para o autor da tese; auxílio equivalente a uma participação em congresso nacional, para o orientador, ou igual soma de recursos aplicável no custeio de projeto aprovado pela CAPES.
Defendida em junho de 2008 junto ao Programa de Pós-graduação em Letras da Unesp/Asis, a tese “Hibridismo e ruptura de gêneros em João Antônio” foi orientada pelo Prof. Dr. Antônio Roberto Esteves. Na banca do trabalho, participaram também os professores doutores Tânia Macêdo (USP), Orna Levin (Unicamp), Ana Maria Domingues (Unesp/Assis) e Marcelo Bulhões (Unesp/Bauru).
Segundo o professor, a tese parte da relação entre jornalismo e literatura na obra do escritor paulista João Antônio (1937-1996) o estudo montou um caleidoscópio da produção do autor para jornais e revistas nacionais, enfocando contextos e tramas da sua escritura, a partir do conceito de hibridização .
Para Carlos Azevedo, a tese tenta explicar um processo de criação que gera uma obra híbrida que desliza em vários sentidos e, por sua vez, agrega elementos conflitantes. “A pluralidade de escritos dispersos em livros, jornais e revistas comorizomas que se estendem/comprimem em movimentos de multiplicidade. Assim a obra do escritor João Antônio comporta vários rizomas que dialogam, convergem e divergem em linhas de fuga. Seguindo os movimentos das obras, apresenta-se a partir de elementos textuais escolhidos no corpus como se estabelecem, na prática, tais estratégias de hibridação e ruptura de gêneros. Por fim, situa-se o autor e seus rizomas no amplo movimento a partir da experiência de ruptura de fronteiras, característica da modernidade e de seus desdobramentos. Assim, o nomadismo é uma estratégia de sobrevivência e de contestação seja ela textual ou pessoal”, afirma o docente.

Grupo de Pesquisa em Jornalismo e Literatura
Carlos Azevedo é graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Logo após a formatura passou a integrar os quadros de O Norte, órgão dos Diários Associados. No jornal, especializou-se em jornalismo cultural, recebendo inclusive alguns prêmios. Trabalhou também no Correio da Paraíba como repórter, editor-adjunto de Cidades e Editor do Caderno 2. Com orientação do professor Dr. Andrea Ciacchi, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) concluiu o Mestrado em Letras, na área de concentração Literatura e Vida Social, com o trabalho “João Antônio, repórter de Realidade”, no qual analisa as reportagens do escritor na prestigiada revista da Abril, publicadas na década de 60. O trabalho foi transposto para livro, publicado em 2002 pela Editora Idéia.
Concluiu o Doutorado em Letras na Unesp/Assis em 24 de junho de 2008 com a tese “Hibridismo e ruptura de gêneros em João Antônio”, orientado pelo professor Dr. Antônio R. Esteves e pesquisando no Acervo João Antônio. Junto com outros estudiosos do Brasil integrou a coletânea “Papéis de Escritor- leituras de João Antônio”, publicado no mesmo ano da defesa do doutorado, através do selo Edições Unesp/Assis,financiado pela Capes.
Desde 2000 é professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), ministrando disciplinas na área de Jornalismo. Na mesma instituição, em 2008, criou junto ao CNPq o Grupo de Pesquisa em Jornalismo e Literatura (GPJL) que congrega professores e estudantes dos cursos de Letras e jornalismo da UEPB, UFPB e UFCG. Desenvolve pesquisas sobre a história das relações entre jornalismo e literatura no Brasil, sobre New Journalism e GonzoJornalismo. Preocupa-se também com a literatura local/regional, em especial os cronistas paraibanos, orientando vários Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) sobre a obra de escritores-jornalistas como Gonzaga Rodrigues, Luiz Augusto Crispim,Edilberto Coutinho entre outros.

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