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domingo, 18 de outubro de 2009

Ativistas fazem a diferença nas conferências municipais

foto: fernando lopes






mesa de diálogos na COMUNICOM em Campina Grande
A realização de duas conferências municipais de comunicação no final da semana passada, em João Pessoa e Campina Grande, respectivamente, acabou se tornando um laboratório excelente para os jornalistas integrantes do nosso movimento exercitarem a discussão em torno da democratização da comunicação nacional.


Na capital paraibana, Fabiana Veloso participou ativamente e fotografou os melhores momentos do evento. Ela também representou a ABRAÇO-PB, propondo políticas públicas para radiodifusão comunitária local. "Fiquei meio decepcionada pela maneira como a conferência foi conduzida por integrantes da prefeitura", registra a ativista.


Em Campina Grande, Dalmo Oliveira, Val Costa e Katiúscia Formiga se juntaram mais uma vez para somar no processo de debate público da 1ª COMUNICOM. Oliveira atuou também junto à comissão organizadora mesmo na condição de suplente, pela ABRAÇO-PB. Juntamente com Roseli Goffman (Conselho de Psicologia) e Goretti Sampaio (Decom/UEPB), o jornalista da Embrapa fez fala na mesa de diálogo sobre o eixo temático "Cidadania: Direitos e Deveres".


Valdívia atuou como coordenadora do GD sobre "conteúdos", sendo secretariada pela também jornalista Katiúscia Formiga. "Tentamos ser bastante objetivos porque o tempo era muito curto pros debates. Mesmo assim colocamos propostas interessantes como a da garantia de 30% da verba publicitária municipal para divulgação em meios comunitários e alternativos", diz Costa.


Coordenando o Grupo de Discussão (GD) sobre cidadania, Dalmo aproveitou para sugerir propostas para a plenária da COMUNICOM, como a de construir um monitoramento das atividades no rádio e TVs e de sensibilizar os sindicatos e outros órgãos nessa mediação, visando diminuir o impacto de alguns comentários na mídia. Sobre a rádio comunitária, defendeu a municipalização das concessões, pois só a sociedade local sabe se a rádio comunitária é importante ou não.


"Conseguimos cumprir a primeira etapa. Agora precisamos consolidar nossas propostas para a estapa estadual. Manteremos a estratégia de posicionamento crítico, sem comprometimento prévio com qualquer setor político ou institucional. Vamos colocar o dedo nas feridas quando tiver que ser feito, quando os conferencistas se inibirem ou se omitirem da crítica. O mais importante agora é garantirmos o amplo acesso à discussão estadual, já que na capítal, por exemplo, houve um barramento proposital à representantes da sociedade pelo poder público municipal, a começar pelo processo de inscrição. O tempo para a mobilização e divulgação também foi muito exíguo", analisa o jornalista.

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