Nido Lobo em assembléia recente/foto: Fabiana Veloso
Mais um jornalista que disputou recentemente a direção do sindicato da categoria pela chapa de oposição NOVOS RUMOS foi demitido sumariamente sem causa justa do Sistema Correio de Comunicação. Edvanildo Lobo é a quarta vítima de uma espécie de operação “caça às bruxas” contra profissionais que tiveram coragem de se opor a um esquema político que domina o sindicato dos jornalistas da Paraíba há mais de duas décadas.
Nido Lobo, como é mais conhecido entre os colegas, teve sua rescisão contratual efetivada no dia 26 de janeiro na sede do próprio sindicato, com a anuência e referendo do presidente re-eleito da entidade, Sr. Land Seixas de Carvalho. Há pouco mais de um mês, o jornal Correio da Paraíba demitira, também sem justa causa, a jornalista Valdívia Costa, da sucursal de Campina Grande, que também compunha a chapa oposicionista nas eleições ocorridas em setembro de 2008.
“Infelizmente esse é o preço que pagam aqueles que ousaram se mobilizar contra uma longa história de peleguismo, subserviência e troca de favores que marca a relação dos eternos dirigentes sindicais liderados por Seixas e o patronato do jornalismo profissional na Paraíba”, diz Dalmo Oliveira, que disputou a presidência da entidade pela chapa NOVOS RUMOS.
Além de Nido e Valdívia, outras duas jornalistas que compunham a chapa de oposição ao grupo de Land foram demitidas do Jornal da Paraíba há alguns meses atrás: Fabiana Veloso,
“Com esse tipo de perseguição ideológica os patrões querem amedrontar nossa categoria, para que deixem as coisas como estão no nosso sindicato. O que estamos vendo é uma espécie de assédio moral coletivo, onde os demitidos servem de exemplo a não ser seguido pelos demais trabalhadores”, analisa Oliveira.
“Enquanto isso, a atual diretoria do sindicato tenta ludibriar nossa categoria com a velha estratégia do pão e circo, realizando uma festa de posse pomposa, onde pessoas que simpatizaram com o grupo da oposição foram mesquinhamente esquecidas da lista de convidados”, acrescenta Dalmo.
“Mas não adianta querer tapar o sol com peneira. Nós continuaremos cobrando atuação dos que foram eleitos e estaremos acompanhando cada passo dos atuais diretores, mostrando ao restante da categoria sua atitude pelega e contraditória”, finaliza.
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