As empresas de comunicação deverão realizar censo interno e pesquisas sobre os percentuais de trabalhadores negros em seus quadros. A proposta foi aprovada no GT 15 da CONFECOM e vai a plenário para homologação. Essa é apenas umas das vitórias obtidas pela articulação Enegrecer a CONFECOM, composta por jornalistas negros, vinculados às Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojiras).
Outras questões importantes como concessões de outorgas para quilombolas e para comunidades tradicionais, e reserva de mercado para comunicadores afrodescendentes, também foram aprovadas no grupo depois de acordos entre os representantes dos movimentos sociais e do setor empresarial, comandado majoritariamente pela ABRA (Bandeirantes). Segundo Claudio Nogueira, diretor da Band Bahia, o setor empresarial praticamente não trouxe propostas para este eixo de discussão, por isso resolveu aprovar a maioria das propostas oriundas dos movimentos sociais e da sociedade civil.
"Houve concessões dos dois lados para que grande parte das nossas propostas estratégicas e prioritárias fossem aprovadas. Mas prevaleceu basicamente o espírito das propostas de ações afirmativas para o setor", argumenta Dalmo Oliveira, coordenador da ABRAÇO-PB e representante do Fórum Paraibano de Promoção da Igualdade Racial (FOPPIR).
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Iniciados trabalhos dos GTs da CONFECOM
As discussões das propostas em grupos de trabalho (GTs) foram iniciadas no meio da tarde de hoje em 15 ambientes no Centro de Convenções de Brasília. Mesmo com as disputas ideológicas entre os segmentos e até intra segmentos, a avaliação das propostas oriundas dos estados estão sendo debatidas democraticamente na CONFECOM.
Um dos GTs onde o clima foi mais pacífico e consesual foi o 15, onde os movimentos de luta pelos direitos humanos e pela diversidade, especialmente o movimento negro, de mulheres e LGBT apresentaram suas propostas.
Uma das propostas importantes que passou por unanimidade foi a que recomenda aos sindicatos de trabalhadores na comunicação, especialmente jornalistas, realizarem censos e pesquisas para aferir a presença de profissionais afrodescendentes filiados às entidades sindicais.
Já na questão de combate à homofobia foi aprovada, também por unanimidade, proposta que defende os direitos das famílias que não estão no padrão heterossexual. As mulheres também conseguiram aprovar propostas para inibir a exploração de suas imagens pela mídia, assim como mais espaço no mercado de trabalho da comunicação.
"Avançamos em vários pontos e adiscussão foi muito equilibrada, tranquila e respeitosa. Agora vamos tentar costurar um consenso onde os movimentos sociais consolidem quatro propostas prioritárias, o segmento empresarial mais quatro e o poder público duas", diz Juliana Nunes, diretora do Sindicato dos Jornalistas do DF, e uma das principais articuladoras do movimento Enegrecer a CONFECOM.
Um dos GTs onde o clima foi mais pacífico e consesual foi o 15, onde os movimentos de luta pelos direitos humanos e pela diversidade, especialmente o movimento negro, de mulheres e LGBT apresentaram suas propostas.
Uma das propostas importantes que passou por unanimidade foi a que recomenda aos sindicatos de trabalhadores na comunicação, especialmente jornalistas, realizarem censos e pesquisas para aferir a presença de profissionais afrodescendentes filiados às entidades sindicais.
Já na questão de combate à homofobia foi aprovada, também por unanimidade, proposta que defende os direitos das famílias que não estão no padrão heterossexual. As mulheres também conseguiram aprovar propostas para inibir a exploração de suas imagens pela mídia, assim como mais espaço no mercado de trabalho da comunicação.
"Avançamos em vários pontos e adiscussão foi muito equilibrada, tranquila e respeitosa. Agora vamos tentar costurar um consenso onde os movimentos sociais consolidem quatro propostas prioritárias, o segmento empresarial mais quatro e o poder público duas", diz Juliana Nunes, diretora do Sindicato dos Jornalistas do DF, e uma das principais articuladoras do movimento Enegrecer a CONFECOM.
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