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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Relatório de Dalmo Oliveira sobre Congresso da Fenaj


foto: Dalmo OliveiraSergio Murilo e Zé Torves (de óculos escuros) discutem com membros do Luta Fenaj! sobre valor da taxa para observadores ao 33º Congresso da Fenaj em São Paulo






Relatório do 33º Congresso Nacional dos Jornalistas


por Dalmo Oliveira


dia 20/08:


Cheguei ao local do evento por volta das 16h. No saguão do Hotel Jaraguá encontrei com Álvaro Brito e Ernesto, delegados do Sindicato do Estado do Rio. Em seguida nos encontramos com as delegadas do MT Keka Werneck, Marcial Raquel e Eliane Lucena. Na calçada em frente ao hotel estava ocorrendo uma manifestação pública em defesa do diploma, com cerca de 30 pessoas. Quando o evento encerrou nos juntamos aos companheiros Pedro Pomar e Rogério Mamão. Cláudio Moteiro militante do RN também juntou-se ao grupo.

Por volta das 17h iniciamos uma pequena reunião dos militantes do grupo de oposição Luta Fenaj! No espaço de estandes do congresso. A pauta principal girou em torno de uma reivindicação para a organização do evento baixar o valor da taxa de inscrição para os jornalistas observadores. Pomar e Mamão haviam recebido uma proposta extra-oficial para a liberação de quatro inscrições a custo zero para observadores indicados pelo movimento. Essa proposta foi rechaçada pelo coletivo que a entendeu como uma tentativa dos organizadores de dar um “cala boca” ao grupo da oposição. Saímos da reunião com a deliberação de insistir na tese da redução dos preços, propondo à organização do evento que se cobrasse apenas R$ 100,00 para observadores.

Minutos depois no hall de acesso ao auditório iniciou-se uma discussão entre representantes do Luta Fenaj! Com o presidente da Fenaj, Sergio Murilo, acompanhado do diretor José Torves. O presidente do Sindicato dos Jornalistas de SP, Guto Camargo juntou-se à discussão, mas afastou-se rapidamente. A argumentação nossa utilizou-se do discurso que é necessário popularizar o acesso ao principal evento da categoria. Sergio Murilo, Zé Torves e Guto, contra-argumentaram que a taxa havia sido estipulada pela comissão organizadora e que naquele estágio não se poderiam alterar “as regras do jogo”. Os representantes da Fenaj e do SJPESP manifestaram preocupação que aquela questão não se tornasse o tema principal do evento. Sem que se chegasse a um consenso e com os ânimos se exaltando, a discussão foi encerrada e a questão foi levada ao plenário como primeiro ponto de pauta na votação do regimento interno do congresso. Os presidentes de sindicatos do DF, Romário Schettino, MT, Keka Werneck e de Sergipe, George Washington, revesaram-se na defesa pela diminuição da taxa para observadores. A mesa colocou a proposta em votação, mas o plenário não se sensibilizou e manteve os valores estipulados pela comissão organizadora do evento.

Finalizada a aprovação do regimento interno, foi feito um novo intervalo antes da solenidade de abertura do congresso.

A mesa de abertura foi composta pelo presidente da Fenaj, Sergio Murilo, pelo presidente do SJPESP, Guto Camargo, pelo presidente da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual dos Jornalistas (Apijor), Paulo Cannabrava, pelo presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Spenthof, pelo presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), Jim Boumelha, pelo presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), Carlos Franciscato e pelo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Celso Schröder.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

NOVOS RUMOS realiza mobilização pró-diploma em JP e CG

foto: Fabiana Veloso
Alex Márcio entrega panfleto a transeunte na Lagoa em João Pessoa






Ato de rua mostrou que a população desconhece a ameaça aos jornalistas


Integrantes do movimento NOVOS RUMOS realizaram na última quarta e quinta-feira, dias 13 e 14, nas cidades de João Pessoa e Campina Grande, atos públicos em defesa da manutenção da exigência do diploma superior para o exercício profissional dos jornalistas. Os sindicalistas distribuíram um panfleto onde avaliam que a sociedade brasileira é a maior beneficiada com esse tipo de regulamentação.
“Nossa intensão é informar à população a ameaça que representa essa proposta para nossa categoria, para os estudantes de Jornalismo e para própria sociedade, de maneira geral”, comenta Dalmo Oliveira, um dos organizadores da mobilização na Paraíba. “O povo não recebe esse tipo de informação exatamente pelo fato de ser um problema que atinge justamente aqueles trabalhadores responsáveis pela produção de notícias para a comunidade”, diz o jornalista que é candidato a presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba em eleições marcadas para o próximo dia 16 de setembro.
“A conjuntura neoliberal coloca em xeque a organização dos jornalistas. Os maiores interessados no fim da exigência do diploma superior são as próprias empresas jornalísticas, que desde sempre utilizou mão-de-obra desqualificada na produção de notícias”, avalia o texto da carta-aberta distribuída com a população durante as manifestações públicas.
NOVOS RUMOS defende que é preciso, fundamentalmente, informar à sociedade da ameaça que ela mesma sofre com essa proposta. Afinal de contas, para que servem os três cursos superiores de jornalismo com mais de 30 anos, na UFPB (João Pessoa), UEPB (Campina Grande) e, agora, também nas Faculdades Integradas de Patos (FIP), colocando no mercado local, anualmente, até 90 bacharéis.
Para os jornalistas que compõem o movimento NOVOS RUMOS, o jornalismo é uma atividade essencial para a garantia do equilíbrio social, quando exercido com ética e com base nas ciências da Comunicação. “Para mais que uma simples campanha em defesa de uma categoria profissional, a exigência do diploma superior para jornalistas é uma bandeira que interessa essencialmente aos setores comprometidos com a manutenção da democracia, do Estado de Direito, dos direitos civis coletivos e individuais, da expressão da maioria e também das chamadas minorias, ou seja, de todos nós”, diz Dalmo.
Em Campina Grande os manifestantes ainda fizeram panfletagem no curso de Jornalismo da UEPB, no período noturno da quinta-feira. Para Paula Brito, candidata a vice-presidente na chapa de oposição, que também esteve na manifestação, há uma desinformação perigosa junto também aos jornalistas e estudantes de Jornalismo da cidade. Além dela, as jornalistas Valdívia Costa e Katiúscia Formiga participaram do ato público. Na capital, Dalmo realizou a manifestação na companhia dos jornalistas Alex Márcio, Fabiana Veloso, Mabel Dias e Antonia Souza.
“O ato público serviu ainda para mostrar aos nossos adversários que é necessário mais do que discurso para mostrar à categoria quem realmente tem compromisso com os trabalhadores do jornalismo paraibano. Eles andaram espalhando que somos contra o diploma, que queremos escancarar o sindicato para os jornalistas beneficiados pela liminar que permite o exercício da profissão sem diploma, mas não fomos nós quem referendamos quase 500 registro profissionais provisórios na Delegacia Regional do Trabalho no Estado”, alfineta Oliveira.

CONGRESSO DA FENAJ

Dalmo Oliveira estará participando na próxima semana, em São Paulo do 33º Congresso Nacional de Jornalistas, promovido pela Fenaj e pelo sindicato paulista da categoria. “Infelizmente, mais uma vez, as mesmas pessoas que são arrebanhadas pelo grupo ligado ao ex-presidente do nosso sindicato elegeram apenas a panelinha indicada por eles, sem dar chance de que a oposição saísse com delegados oficiais ao evento. De qualquer forma estaremos participando como observadores, inclusive apresentando no congresso uma proposta para que a Fenaj e os sindicatos ligados a ela combatam o assédio moral nas redações”, conclui o sindicalista do grupo de oposição.


foto: Dalmo Oliveira


Katiúscia, Val e Paula afixam faixa na Praça da Bandeira em Campina Grande